Planetary #4 e #05


Planetary #4 - Portos Estranhos

As referências em Planetary não estão ali colocadas de forma aleatória, apenas para que Warren Ellis pareça ser um escritor cool. Tudo em Planetary está interligado e faz parte da trama. E neste volume é citada pela primeira vez Anna Hark, que é filha do Hark que era uma referência a Fu Manchu e era um dos componentes do grupo do qual Doc Brass fazia parte. Ela é a dona da Hark Corporation.

Um prédio de sua corporação é bombardeado por um grupo terrorista chamado "Floco de Neve", novamente trazendo à baila esse termo, que já havia sido usado em relação ao portal que o pai de Anna, e seus amigos construíram, que tinha formato de um floco de neve. No entanto, o prédio estava vazio e a explosão acabou por revelar uma estrutura alienígena que estava embaixo do edifício. Anna manda seu investigador particular, Jim Wilder, saber o que aconteceu. 

O Planetary também vai para a mesma área e não consegue definir o que é a estrutura em forma de raio, é quando Jim Wilder, ao perseguir o que parece ser um suspeito, acaba  passando por cima da estrutura e desaparecendo no mesmo instante para, em seguida, retornar, mas não muito bem. Assim, é levado para um hospítal do Planetary. 

Wilder conta o que viu, mas faz melhor, leva os três arqueólogos para dentro da nave que o capturou. Com um uniforme tecnológico, Wilder agora é um tripulante da nave, que caiu aqui na Terra há milhões de anos, quando navegava pela Sangria. Os sete  tripulantes morreram na queda e ela precisa de outros sseis, além de Wilder, para conseguir voltar ao seu mundo.

A Sangria é um conceito criado por Warren Ellis que está mais presente nas HQs do Authority, que são tripulantes de uma nave gigantesca que usa a Sangria, uma "estrada" fora da realidade, para ir aonde quiser. Apesar da transformação de Jim Wilder ter se dado de maneira tecnológica e não por magia, é bem evidente que o personagem é uma referência, mesmo que bem mais sutil, ao Capitão Marvel, agora conhecido como Shazam. Elijah Snow promete à nave, que é senciente, que irá ajudá-la. Wilder e sua recém-adquirida nave terão papel importante no futuro de Planetary. 


Planetary #5 - O Bom Doutor

Elijah Snow vai visitar Doc Brass no hospital e os dois acabam tendo uma longa conversa. Falam sobre a coincidência (ou não) de terem nascido na mesma data, 1/1/1900, lista que inclui também, Jenny Sparks, líder do Authority e John Cumberland, um personagem das histórias do Stormwatch, grupo que deu origem ao Authority. Brass conta sua origem. Seus pais faziam parte de uma sociedade oculta que queria criar o super-homem. Com a ajuda de um sistema de dietas e aprendizado criado poor eles cada nova geração de filhos nascia mais forte e mais estranha que a anterior, até chegar em Doc Brass, que foi como uma espécie de decepção, pois não tinha aquela maldade interior que seus pais tinham. Para piorar eles eram um casal incestuoso. 

Brass foi na contramão dos ideais de seus pais e queria criar um mundo melhor, por isso se juntou ao seus amigos que tinham a mesma vocação. Mesmo que Hark, que foi um deles, tenha sido um vilão antes, ele se tornara um dos mocinhos. É quando Brass cita Anna Hark, filha de seu amigo, e diz que ela tem planos para o futuro do mundo que visam os interesses dela e de sua corporação. Talvez ela tenha herdado o lado ruim do pai. 

Enquanto ele conta sua história para Snow, a edição é entremeada com uma espécie de páginas de um livro pulp contando as aventuras dele e de seu grupo, citando até mesmo uma luta contra os demonitas, inimigos ferrenhos dos WildC.A.T.S, grupo do mesmo universo Wildstorm, assim como Stormwatch e The Authority. 

O selo foi comprado pela DC e novas aventuras do Authority e Stormwatch foram produzidas, mas não foi o caso de Planetary, o que talvez seja uma vantagem. Apesar da vontade de ver mais aventuras do grupo de arqueólogos, não sei se teriam a mesma qualidade, já que, provavelmente, não teria Warren Elllis envolvido. Melhor não mexer no que está quieto. 


Comentários