Antes da publicação de quadrinhos em formato omnibus, no Brasil, eu só havia visto um, ao vivo e a cores, em uma livraria. Era um omnibus de quadrinhos da banda Kiss. Estava todo detonado de tanto as pessoas pegaram para folhear. Na minha cabeça, tais edições nunca seriam publicadas por aqui, pelo motivo único que seria o preço. Não precisava de outras razões. Porém, eis que um dia a Panini anuncia a publicação de seu primeiro omnibus no Brasil: Conan, que compilaria os quadrinhos publicados anteriormente em formatinho, pela Editora Abril e uma parte em encadernados pela Editora Mythos. O impossível estava acontecendo.
Não demorou muito para que o próximo título fosse anunciado: Quarteto Fantástico, toda a fase escrita e desenhada pelo artista John Byrne, quando estava em seu auge. Era inacreditável. O novo formato - para nós - havia chegado para ficar. Com preços variando de 300 a 600 reais, sendo que o único jeito de comprar sem ficar pelado, era esperar as promoções, fossem no site da editora, fossem em sites como Amazon e outros.
Logo outra editora, a Mythos, entrou na nova moda, publicando alguns omnibus mais modestos, porém tão bons quanto os da Panini, indo de Tex até mesmo o velho e saudoso Espírito-que-Anda, o Fantasma, compilando aventuras do seu início, escritas por Lee Falk e desehadas por Ray Moore e Sy Barry, e em pretoe branco, como originalmente foram publicadas.
E, na Panini, parecia que qualquer título agora poderia ter seu omnibus, desde The Authority até Eternos, este último na verdade sendo mais um furgão do que omnibus. Mas, estava valendo. Era material de Jack Kirby, muito necessário.
John Byrne parecia ser a estrela máxima dos omnibus: Quarteto Fantástico, Mulher-Hulk, Tropa Alfa, X-Men. Nos omnibus da DC tínhamos Sociedade da Justiça e Flash, os dois das fases com Geof Johns. Também a republicação de A Morte do Superman, agora neste volume único. Em resumo, é tanta coisa que é quase impossível citar todos aqui sem pesquisar. E não parece que essa tendência não vai parar tão cedo
EDIÇÃO ABSOLUTA - O QUADRINHO EM SEU FORMATO MAIS IMPACTANTE
Antes do omnibus, os quadrinhos mais luxuosos que tínhamos eram as edições definitivas ou as em formato DeLuxe. Edições como Sandman saíram aqui assim, completando toda a série e especiais do personagem. Nos EUA estas edições de Sandman saíram num formato chamado Absolute, outro formato que parecia que nunca veríamos em terras brasileiras. Era ainda maior e vinha com um estojo de material reforçado. Também vi em livrarias as edições gringas. Mas, como os omnibus, o formato também estava desembarcando por aqui, para o desespero dos bolsos nerds.
Como as edições definitivas de Sandman pareciam ter cumprido seu objetivo e como vinham sendo reeditadas, não foi Lord Morpheus a inaugurar essa nova onda do imperador, foi Monstro do Pântano de Alan Moore, que só havia sido publicado até então em encadernados comuns, de capa cartão. Foram três volume neste formato, compilando toda a fase escrita pelo mago inglês, e todas elas com vários extras. Só estranhei a recolorização. Acho que poderiam ter apenas ter restaurado as cores originais, que eram ótimas.
Acho que não há mais para onde ir daí, né? Pois se sair a Edição Fuckinlievable, com estojo de titânio, páginas folheadas a ouro e quadrinhos holográficas, melhor o nerd mediano pedir falência.
Eu estou curiosamente seguindo um caminho contrário ao que dita o mercado, sigo comprando um ou outro encadernado capa dura, uns curtos ou volumes únicos de quadrinhos/mangás, mas tô trocando umas edições antigas pelos single issues, me apaixonei pelo formato simples, mas de qualidade, já peguei Odisseia Cósmica, Grandes Astros Superman, Legado das Estrelas, Batman/Superman Gerações, Superman/Shazam Primeiro Trovão e Superman Identidade Secreta, e penando pra achar os finais de Watchmen da Abril lançados em 1999.
ResponderExcluirQuando comecei a comprar só vinham as bancas séries fechadas em volumes únicos cheios de extras e tal, mas nem todo gibi precisa disso.